O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

RECADO

não tarda
estaremos todos juntos
fora deste mundo

mau será
se pelos que cá ficarem
tivermos que pôr luto

7 comentários:

ethel disse...

Platero!
Um dia deixo de usar a palavra, porque roubaste todas as que fazem sentido.

platero disse...

não direi tanto

estas nem fazem muito o meu género.
Nada místico, muito pragmaticozinho.

seduziu-me a ideia de uma vida futura na Terra tão mázinha que fossem os mortos a sentir necessidade de usar luto pelos vivos.

dantesco? nunca li uma página da Divina Comédia. Será isso?
vi foi as magníficas ilustrações de Dali sobre o Poema

beijinho

Anónimo disse...

Outro poeminha.

Lindinho.

platero disse...

e os belos sonetos do meu preclaro amigo?

abraço

ethel disse...

AH!agora já sei de quem falas, Platero!

platero disse...

ETH

nem "LINDINHO" te sugeria nada?

beijo

Anónimo disse...

Tenho saudades do JCN. Só ele tem capacidade de esgrimir comigo e mesmo assim...
Gentinha difícil!