O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 20 de dezembro de 2009


26 comentários:

Anónimo disse...

Magnífica! Lee! A Pietà é a imagem que mais me comove, seja em fotografia - esta de uma beleza extrema! Seja em outros modos de expressão.

Uma mulher com um "Homem" ao colo, é talvez a expressão mais "maternal" que se possa imaginar. No Natal, ha que lembrá-lo também!
O Nascimento e a morte estão irremediavelmente contidos na expressão divina e humana da nossa humilde condição. Divina e Sagrada!
Gostei muito!

Anaedera disse...

Irresistível comentar a beleza da imagem e das palavras do comentário.
Lindo.

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Fascinante!

Para essa época em que o espírito de Natal sempre nos comove a imagem é soberana.

Um Feliz Natal e 2010!

Abraço

Anónimo disse...

Aposto que ela vai ao ginásio e ele faz dieta.

Muito belo.

Anónimo disse...

Fausta, queres brincar comigo?:))

Liliana Gonçalves disse...

Um Feliz Natal a todos.

João de Castro Nunes disse...
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Anónimo disse...

Obrigada, Lee Gonçalves.
O mesmo, dobrado em intensidade, para ti.
E para todos... claro!

Com especial atenção a quem mais nos atura, abrindo-nos as portas do "ventre serpentíneo"!
Um bom "carnatal", Paulo.

É Hora!

João de Castro Nunes disse...

Ante a PIETÀ de Jan Saudek:

Assim me leve a Morte nos seus braços
maternalmente sobre mim pousando
seus olhos a sorrir de quando em quando
e caminhando em vigorosos passos!

Inerte já, cor de alabastro e cera,
assim por entre brancos mausoléus
me leve e deposite aos pés de Deus
que em trono de ouro e de marfim me espera!

Riam crianças, toquem violinos,
poemas meus recitem de mistura
com sonetos de Antero e de Camões!

Nos seus macios braços femininos
assim me leve a Morte à sepultura
no meio de sentidas orações!

JOÃO DE CASTRO NUNES

rmf disse...

Recorrendo ao superlativo... Lindíssima. Com expressão e sensualidade próximas à "verdadeira" Pietà.

É a Hora, de Natal!

Alegria no tempo das chuvas,
exorto-te!
Brinda-nos com a luz do ascendente!

Aí vem ele...



Felicidades, infinitamente plurais!

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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rmf disse...

...parece que ainda não é ag(H)ora... e agora riria eu, mas não posso, é um esgar que te pertence...

Anónimo disse...

Saudades, eu posso brincar contigo e com todos e tudo e mais além aqui e agora e em toda a parte mas já sabes: o meu preferido é o JC!

Ó J. vou pôr uma fotografia nossa no Ferrolho. Com carinho. Por causa deste soneto.

Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

E... daí?!... Com H(agá) ou sem h(agá), maiúsculo ou minúsculo?... Não tens poder de encaixe, pá! Trata de outro ofício! Nem para diabo... tens jeito. Um sensaborão. JCN

João de Castro Nunes disse...

Ó Carlos Ferreira, se não sobes de craveira, nem Deus te tira da piroseira! Valha-te Deus (com maiúscula, ó pá!). Quanto aos meus sonetos... não estás à altura. Arranja umas anddas! JCN

Anónimo disse...
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João de Castro Nunes disse...

Mal escrito,,, não está, pá: o que está é gralhado! Não és capaz de corrigir... por ti?!... JCN

João de Castro Nunes disse...

(H)ouve lá esta, pá:

Quem não tem categoria
para escrever na Serpente
vai vender a outra gente
a sua mercadoria!

JCN

João de Castro Nunes disse...

"Aí vem ele..."... e não perdes pela demora! JCN

Anónimo disse...

Vou lendo... e chego aqui...
Sempre zangado! JCN?!

Nem no Natal?

....Senhor abade...
Toda a Freguesia!
Atirai pedras que é Carnatal!!!

Uma rosa... por um soneto...
Aceita?
Última oferta, JCN! Este ano!

João de Castro Nunes disse...

Um quarto de soneto... para já:

Somente poupo a "saudades"
pela forma tão subtil
como diz tantas verdades
sem deixar de ser gentil!

JCN

Anónimo disse...

Deixo-lhe a rosa, então, em vez do lírio
Neste Natal receba destas mãos
A rosa em seu mais puro delírio
E um ramo de Saudade em Oração.

(Tome lá Senhor de Castro, para pôr na jarra, ao som dos violinos...um bocadito desafinados!)

João de Castro Nunes disse...

Todo o possível farei
para em próximo soneto
meu violino dilecto
ter o som de ouro de lei!

JCN