O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POESIA, MÉTRICA E MÚSICA

Afinem, por favor, os violinos
para eu compor mais um dos meus sonetos,
os textos desde logo mais selectos
com seus catorze versos genuínos!

Quando os escrevo, gosto de escutar
o som dos instrumentos musicais
que nos agrupamentos orquestrais
possuem o condão de me inspirar.

De todos eles, sem contestação,
os que me tocam mais o coração
os violinos são... quando afinados.

Na sua falta, ocasional, prefiro
a música dos astros no seu giro
pelos espaços... indenominados!

JOÃO DE CASTRO NUNES

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