O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 22 de julho de 2009

para além da crítica

parece com efeito, que se eu sou obrigado a não fazer qualquer mal ao meu semelhante, é menos por ele ser um ser dotado de razão do que por ser um ser sensível, qualidade que sendo comum ao animal e ao homem deve pelo menos dar àquele o direito de não ser de modo algum inutilmente maltratado pelo homem.

jean-jacques rousseau

5 comentários:

pensando rápido, disse...

Um ser sensível? Onde?

Anónimo disse...

Dotado? Onde?

outro anónimo disse...

Razão? Qué isso?

anonimamente disse...

Dar o direito?

critiecologia disse...

A crítica é necessária. Sem a crítica, nunca melhoraríamos. Não podemos passar sem ela. É como que uma espécie de remédio contra os malefícios da humanidade. Sabem, aquele tipo de medicamentos que não curam, mas também não prejudicam e ajudam a prolongar a doença e a manter os "médicos" activos? Pois é. Assim é a crítica. Há até quem faça disso o seu objectivo de vida. Procurar o próximo, o seu defeito e criticá-lo. Ajudar. É bom. Para além de ser uma questão séria é também uma questão lúdica.