O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 26 de maio de 2009

(In)Finito(s)



imagem google

gosto da possibilidade de recriar infinitos em mim,

como se me movimentasse em labirinto de espiral,

em busca de silêncio, quietude,

na minha eterna solidão...

5 comentários:

guvidu disse...

...e murmura-me a Saudades do Futuro: «Saudades são 'poisagens'»...

Anónimo disse...

Amiga Fragmentus,

Na espiral que desenha o movimento da luz e nesse eterno mover em silêncio, que dentro de nós se revela como uma paisagem, "uma poisagem" que, simultaneamente poisa no mesmo centro: dentro e fora. Esse Agora é infinito e perda de consciência, esse agora quebra a concha e surge fulgurante em fragmentus... O resto são as Saudades... "poisagens".

Disse-me alguém que para parar o fluxo continuum do pensamento é necessário "poisar". Poisemos, saudemos...

Um beijo, Fragmentus.

Anónimo disse...

Querida Saudades, vim agora da praia e pensei em ti...quando dei por mim a redespertar de um olhar e de uma série de pensamentos que, de repente, se aglutinaram num nada pacificador...Lembrei-me, uma vez, que talvez tivesse 'poisado', por instantes, na eternidade embalada pelo marulhar que me revitaliza, sempre!
Tb olhei para os pescadores de cana e lembrei-me do Félix...rs
E tb do Lapdrey, que meu 'vizinho' é...Engraçado como vos posso sentir tão reais (bem, ao Luís de carne e osso já tive o privilégio!)no meu divagar e recentramento vital.
Um bem-haja, sincero.
Namastê

Laura disse...

... e esta é uma linda possibilidade, que deve ser explorada.

guvidu disse...

ou n´~ao tivesses tu escrito aquele lindíssimo texto - "O sal das lágrimas", certo Madalena? :) bj