O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

paris - inverno

7 comentários:

nas asas de um anjo disse...

linda foto!
mágicas cores...

luizaDunas disse...

Boa Noite Francisco,

O anjo emplumado deixou-me perplexa. Nem sabes as vezes que já me pus a olhar a plasticidade daquelas cores no que suscita o toque e moldagem de um barro autêntico intocável enquanto via comunicante com um etéreo azul, de que brota ou penetra, densificando-se e esfumando-se, e de onde a Liberdade rebenta, como onda possivelmente formada por um anjo a mergulhar no fundo das suas próprias asas.

Anónimo disse...

Sim, são estas a s árvores. Sim, são estas as arestas por onde cai neve, por onde se ouvem versos a cair sobre nós. Sim, obrigada por deixar ver as paisagens da alma. Descubro lentamente um anjo emplumado que entra devagarinho pela alma das pessoas e lhes oferece um lugar para repousar. Aspaisagens saõ "pousagens".

Anónimo disse...

As prisões são afinal transparentes e frágeis como os sonhos, e só naquele local é que há enredo.

Anónimo disse...

Transparentes e frágeis como nós.

fas disse...

Muito obrigado pelos comentários. E pela tua interpretação, Luísa. Na verdade quis completar o teu Outono com este Inverno, agora que tantas palavras vão perder maiúsculas...

Anónimo disse...

Afinal é a luz que desenha o negro. Abençoada luz!Ó abençoado negro?