O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 13 de março de 2008

SIMgularidades

Faltou-me dizer algo no post anterior. Tenho de dizê-lo. A Serpente é constituída por inúmeras SIMgularidades, como enunciou a serpentina - um eflúvio da Serpente?, sem desprimor... com Amor (e não a conheço, mas apenas o que escreveu) - Isabel Santiago, na qual as mesmas são respeitadas, deixando-as a Serpente que se vivifiquem no seu SIMgular fluir, (para) além dos comentários positivos, negativos ou, simplesmente, banais a cada post. Gosto de estar aqui e é uma honra e, sobretudo, um prazer aqui estar. Indizibilidades para todos!

1 comentário:

Isabel Santiago disse...

O Nuno é ASSIM!
O meu melhor sorriso.

O Nuno é, como todas as outras criaturas, esplendoroso. Se me permite, e admitindo que ler é o que se escreve é o melhor rosto que se oferece, então gostaria de lhe confessar uma coisa. O Nuno é um Ícaro à procura de um Dédalo. Mas Nuno a busca incessante do interlocutor provavelmente não se faz indo das vozes inconstantes do mundo para as constantes que existem noutros reinos. Tenho a convicção de que ouvi vozes nos livros que seriam excelentes interlocutores para si. Vi obras que seriam boas paisagens, ouvi músicas que seriam boas companhias para a dança. Mais humanas, mais divinas, mais reais, mais justas consigo, connosco. Depois de ter encontrado as asas e a confiança no voo pleno, não vai nunca mais sentir o silêncio do mundo, porque vai ser mais fácil encontrar no mundo os que trazem o mesmo sopro que o seu na voz e no olhar que diz. O abrigam. E isto não é especialmente para si (e se o souber já, desculpe que não queria dar-lhe nenhuma receita, mas partilhar caminho) é só para os que ainda ousam permanecer humanos e receber as asas. Que a vida o faça encontrar com os outros ASSIM!