O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sem nenhuma paixão?

Considero intuitivo, mas superficialmente, que valha a pena viver sem aversão; afinal, a aversão é quase uma espécie de medo e uma forma de apego: ao detestar, ao odiar, ao repugnar. Mas valerá a pena viver sem nenhuma espécie de apego? Sem nenhuma paixão? É uma questão que fica no ar. Provavelmente, valerá, embora eu ainda o não saiba. Paz e amor para todos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Anónimo

O amor fraterno nunca será uma forma de apego ou de dependência.

Amar em liberdade, respeitando o outro ou o mundo inteiro.

Amor nunca será uma ilusão. Paixão é desejo, possesividade.

A serenidade só se encontra no amor nunca numa paixão que nos inquieta.

Anónimo disse...

Anónimo
Quando se quer entregar aos seus própios sentimentos, nutrindo por alguém...
O homem não veio ao mundo para viver sozinho,é uma visão niilista da vida.
Ser capaz de crescer em total liberdade com o universo é outra coisa bem diferente.