O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 24 de fevereiro de 2008

Encontrar-me é perder-me, perder-me é encontrar-me.

2 comentários:

Anónimo disse...

Anónimo
Encontra-me é achar um sentido para a minha vida.

Se posso achar um sentido para a minha logo em seguida pode exirtir uma impossibilidade que me leve a uma direção mais elevada.
Só me acho quando não sou nada ainda que haja algo que me pensa, ou então eu não era nada e assim sou tudo.

Anónimo disse...

Anonimo
Ir ao fundo do poço leva-nos a perder o sentido da realidade a que estamos habituados. tudo são trevas, é um mundo desconhecido que nos intimida.
Aí temos conciência de que somos absolutamente nada, então em seguida, cá fora, vimos com maior intensidade o belo em nós e fora de nós. Perdi-me mas achei-me.Algo se alterou em nosso íntimo.